segunda-feira, 14 de abril de 2008

Segurança jurídica ou ajuda ao crime?

Desde o ano de 2005, quando foi criada a tal da "ciranda de serviços" percebi a intenção eleitoreira deste "evento". Chamo de "evento", pois era assim que era tratada a ciranda. Parecia comício, embora travestida de ação de cidadania a intenção era bem outra como vimos no decorrer de 2006. Pergunto: no governo de Maranhão havia um programa semelhante chamado "Caravana da Cidadania", o qual não era travestido de pompa e circunstância, porque o governo de seu cassado não iniciou este programa logo no início de seu governo e só após verificar que seu desempenho nas urnas seria um fiasco? Qual a diferença entre entregar pessoalmente um cheque ou através de um portador se o emitente foi o cassado? O que Zé Lacerda tem a dizer nestes processos? Que não tem nada a ver com tudo isso? Que viu tudo e não disse nada, pois é cúmplice e como tal quer se defender? Senil. É a “segurança jurídica”.

Utilizar um jornal público para enaltecer o cassado é bem o comportamento deste e de sua turba de fanáticos seguidores. Todos defensores do “não var dar em nada” e “terminaremos o mandato de qualquer jeito”. É isto a tal “segurança jurídica”?


E a CEHAP? Esta é de lascar! Eles falam em prejuízo que o estado vinha tendo por manter contratos velhos e com juros altos e por isto praticamente os doaram. Que absurdo! Pode até existir contratos cujos valores mensais sejam tão baixos que não cobririam os custos de cobrança. Mas juros? E se estes tais juros são tão altos assim, quem compraria estes tais títulos? Empresários bobinhos, doidinhos para perder um dinheirinho? Algo como 47 milhõezinhos para perder. Quem se habilita? A Tetto! Isso é “segurança jurídica”! Veja caro jornalista, estes títulos serão resgatados em dois anos pelo valor de mais de 300 milhões. Isto representa um ganho de 250 milhões em cima de, arredondando, 50 milhões que significa um lucro de 500%. Pense num prejuízo! E isto é “segurança jurídica”!

Onde em qual planeta há tão mau negócio? Como, com tão baixa lucratividade, só uma empresa decidiu magnanimamente (lembra-me o cassado) correr o risco de perder tanto dinheiro? Como pode? Isto é que é “segurança jurídica”!

Há quem não concorde, mas terá o Ministério Público da Paraíba isenção e coragem para investigar esta venda? Há quem não concorde, mas podem-se comprar ações de empresa cotista? E se pode, não é uma compra legal? E se é legal, por que comprar pulverizando os pagamentos? Só há uma explicação: o dinheiro é ilegal, ou o de lá ou o de cá. E isto é a “segurança jurídica”.

E eu que não votei, não voto e jamais votarei neste ou em que esteja perto? Mesmo já tendo votado no pai. Ah se arrependimento matasse! Como me sinto ao saber que ao pagar 35% de imposto de ICMS na conta de energia, fruto de bi-tributação “legalizada” pelo cassado, dos quais 2% para o FUNCEP, foram estes recursos usados para comprar a consciência da Paraíba. Que com estes recursos financiei a máquina de campanha deste honestíssimo governador. Que, sem saber, paguei veículos para Luciano Pires e Izinete Brazil fazerem campanha e não posso fazer nada, a não ser aturar o sarcasmo destes ao dizer que o governo é santo. Isto é “segurança jurídica”!

Os duzentos e tantos açudes arrombados e os paraibanos mortos por inépcia deste governo, mesmo após avisos do Dr. Sarmento é “segurança jurídica”?

As casas de taipa dissolvidas pelas inundações, talvez inevitável, mas sem dúvida potencializada pela incompetência de um governo que só pensa em anular os processos que o cassaram. O que prova que criminoso o é, pois se não o fosse enfrentaria o mérito.
Esta é a “segurança jurídica”.

As 40.000 casas prometidas com pompa, o que aconteceu? O centro de convenções? A ponte no sanhauá? O dinheiro do SAMU? As obras do “boa nova” que não passa bosta nenhuma? E o endividamento do estado? E a confraria? Para isso a “segurança jurídica”.

E a segurança jurídica de quem se comportou de acordo com a lei, como fica?

Ao ver todo este desmando e a passividade de nosso povo, principalmente a passividade de nossos estudantes que em outros momentos deste país foram decisivos. Fico desesperançoso e começo a pensar que nossa sociedade paraibana acha normal e que não há o que fazer. Por muito menos a Coréia pega fogo, a França explode, a Itália arde, a Argentina grita. Onde está o orgulho do nosso povo e a sua coragem de lutar? Não com violência, mas com ações, com bandeiras, com palavras, nas ruas a mostrar que não estamos satisfeitos.

Pela nossa Segurança Jurídica!